Cinco anos depois, pudemos
ver o logo da Warner se aproximando, em meio a nuvens, seguido pelo nome
do filme que tanto aguardamos: Animais Fantásticos e Onde Habitam. Tudo isso ao
som da música que nos acompanhou por toda a nossa jornada no mundo mágico, que
é Hedwige’s Theme. Tem como não ter aberto um sorriso já nessa hora?
Que o mundo criado por J.K.
Rowling é extremamente bem estruturado e tem muito conteúdo para ser explorado,
todo mundo sabe. Animais Fantásticos veio só para confirmar o que já havíamos visto com todos os textos de apoio
do Pottermore e nas próprias entrevistas da autora, que sempre falou com muita
propriedade e segurança sobre o universo que criou.
O longa serve como uma bela
introdução à essa nova – ou antiga – era do mundo mágico, que será trabalhada
nos cinco filmes da franquia. A trama, que tem seu ponto de largada
com a chegada de Newt Scamander a Nova York, não se resume a uma caçada de animais
soltos pela cidade. Vemos o início da
ameaça Grindewald tomar forma, ameaça essa que será explorada até o quinto
filme, no qual teremos o famoso embate entre este bruxo das trevas e Dumbledore.
O roteiro escrito por J.K.
Rowling se sustenta e consegue manter o espectador preso no decorrer das mais
de duas horas de filme. A história é boa e os personagens são incríveis. Newt,
Jacob, Tina e Queenie possuem uma química imensa e rendem ótimos momentos em
tela. Com cenas engraçadas, outras que te fazem querer chorar e também aquelas que te
fazem torcer muito por eles e ficar angustiado.
Mas, querendo ou não, o
grande trunfo do filme é nos transportar novamente para esse mundo que tanto
amamos e que estávamos sentindo falta desde 2011. A trama é boa? É. Todos esses
ganchos envolvendo Grindewald são incríveis? São. Mas eles nos ganharam da
forma mais simples: sendo fiéis a todo o universo de J.K. Rowling que a gente
conhece tão bem.
Por isso Animais Fantásticos
é exatamente o que nós queríamos, mas não sabíamos. Todos ansiavam por algo que
continuasse diretamente a história de Harry, Rony e Hermione. Tivemos Cursed Child que foi o que foi. Newt – e J.K. Rowling – acabaram mostrando que o mundo
mágico tem muito mais o que mostrar.