Persépolis é muito bem falada na internet e entrou para a minha TBR assim que eu passei a prestar mais atenção em HQs e me interessar mais por esse tipo de leitura. Me joguei sem saber direito sobre o que se tratava a história e acabei me deparando com uma experiência incrível.
Na obra, a autora Marjane Satrapi, retrata sua vida, da
infância à idade adulta, e o que passou crescendo em meio à guerra e à toda a
repressão que as mulheres sofrem no Irã por causa da cultura local. A HQ traz
assuntos sérios e elementos que destoam muito do que estamos acostumados a ver
em nossa cultura, mas Marjane acertou muito na escolha do tom que deu à obra.
É impossível não se apegar à protagonista criança, logo que
você começa a leitura. Ela está retratando todo o sofrimento de uma guerra, mas
em muitos momentos, arranca boas risadas do leitor com o bom humor contido nos
pensamentos e diálogos da jovem Marjane. Você se apega cada vez mais à ela na
medida que ela vai crescendo e passando por novas experiências.
A leitura é extremamente prazerosa e, mesmo com alguns
momentos tristes, consegue ser divertida. Apesar de um pouco extensa, me
prendeu de forma que eu não conseguia parar a leitura e queria mais e mais.
Junto, vinha aquele sentimento de pena de estar avançando por entre as páginas
e estar chegando ao fim.
Persépolis é uma HQ empoderadora, comovente, engraçada e
o tipo de leitura que permanece com o leitor mesmo depois que ele vira a última
página. Mais do que recomendada!