Sexta-feira foi dia da nossa visita anual à Litchfield
para mais uma temporada da queridinha Orange is the new Black. A série retornou
com seus costumeiros treze episódios que, mais uma vez, te deixam preso à história
até o final da décima terceira hora.
Orange tem como característica suas tramas com assuntos
bastante sérios, como vício em drogas, estupro, preconceito, racismo, e outros,
em meio a cenas de comédia que te fazem se envolver ainda mais com todos os
personagens. Nesta quarta temporada, por incrível que pareça, a primeira metade
foi tranquila e super gostosa de assistir. Diferente do segundo ano, onde desde
o primeiro episódio as ameaças de Vee deixavam o clima tenso.
Não aponto isso como erro, não. Todos os episódios da
temporada foram bons e não me entediaram.
Mas isso me chamou a atenção, levando em conta as temporadas anteriores.
Outro elemento da série que só ganhou força foi o quanto
a série funciona por causa do conjunto de todos os personagens. Piper, possui o
mesmo destaque que muitas das detentas. E esse é um acerto em cheio da produção
original da Netflix. Nem falo isso pela falta de carisma que o público tem por
Piper, mas sim pelo fato de a série estar reconhecendo e aproveitando cada vez
mais o potencial de inúmeras personagens
que podem contar histórias que trazem discussões importantes para a sociedade.
Orange is the new Black vem fazendo isso desde o começo,
mas preciso destacar a importância de uma produção deste tamanho tratar de assuntos
como racismo, machismo e a próprio descaso na penitenciária. Como disse, a
série faz isso desde sempre, mas nessa temporada eles capricharam.
Para aqueles que já são fãs da série, se joguem na quarta
temporada sem medo. A produção conseguiu
manter a qualidade que fez a série se tornar o fenômeno que é. Se você ainda
não assiste, não perca mais tempo. Sério.